13 janeiro 2014

Para não existir "ex" amigo.

Hoje em dia, aliás, vamos esquecer de hoje e falar de sempre.
Certa vez ouvi uma música onde esta frase me marcou "Tudo que começa acaba", pensei logo no impacto que ela me trouxe; me veio à mente tudo que realmente começou para mim e acabou assim do nada sem que eu menos esperasse.

A situação a que me refiro hoje é a amizade. (Não vou mentir para vocês que já quando conheço alguém e me apego logo o medo e o receio tomam conta de mim), Será que vai durar? Será que realmente essa amizade vai ser longa? Verdadeira?
Um medo comum em meio há tantas banalidades que sugiram com o passar dos tempos e da tecnologia.

As pessoas hoje não se esforçam mais para quase nada, sentam e esperam que tudo se lhes resolva que tudo seja do jeito que querem. Tanto na amizade quanto nos relacionamentos, as pessoas não querem mais correr atrás do que lhes fazem bem, elas preferem esperar pelos outros, preferem esperar que alguém sinta sua falta e vá atrás, esquecem que assim como ela, a outra pessoa também está esperando o mesmo.
Daí passa um dia, um mês, um ano, dois, três...

Quando nos damos conta, aquilo que parecia infindável, duradouro “eterno”, se acabou sem nem por que. Se foi, e aí caímos na real que deixamos escapar pelo simples orgulho de tentar lutar. Será falta de reciprocidade? Será que está faltando contato real? Será que eu falhei? Miles de perguntas sem respostas.

Estive observando o Facebook alheio hoje, na verdade de uns “ex” amigos. Vi o quanto eles estão se divertindo, o quanto eles não fazem questão nenhuma em reatar a relação de amizade que antes vivia aflorando entre nós. Fiquei observando o quanto eles estão se dando bem com suas novas amizades e o quanto isso me parece repetitivo, e de quantas vezes já vi essa cena antes.
Porque ter um amigo se eu posso ter cinco, ou até dez? Mas não, as pessoas sentem a necessidade de ter um amigo de cada vez. Talvez não propriamente uma necessidade, mas é isso que acontece, as pessoas não sabem dividir seus momentos com mais de um círculo amigável, elas tem que se afastar de um para então passar a pertencer a outro.

Já participei de reuniões, ou melhor, farras entre amigos que eu cheguei me imaginar velhinha ao lado deles, na mesma rodinha entre uma fogueira de garrafas de whisky, entre gargalhadas e brincadeiras sem graça. E que de repente, acabou, fomos nos afastando aos pouquinhos, alguns por desentendimentos, outros por nada, mas que enfim, acabou com aquele sonho de construir uma amizade sincera, duradoura e eterna. Já me peguei dizendo “te amo” a amigos que eu realmente considerava como tal e que hoje, nem me vendo online em rede social me cumprimentam, já abracei verdadeiramente alguém que hoje nem olha nos meus olhos, já dei colo a amigos que hoje passam por mim despercebidos.

Então eu me pergunto, será que existe ainda uma amizade capaz de superar os obstáculos da vida? Será que há ainda um motivo para manter uma relação duradoura? Será que há ainda alguém capaz de mudar essa triste realidade? Alias alguém não seria o correto e sim “alguéns”. Preciso de respostas, pois eu estou aqui, disposta a percorrer o caminho que for para reconquistar minhas amizades, aquelas que realmente valem a pena. Eu quero. Eu ainda quero ficar velhinha e sair para as farrinhas rodeada por meu grupinho de velhinhos chatos e banguelos e vê o quanto foi bom mantê-los por perto. E você, me diz, ainda pensa em ter uma amizade saudável, duradoura, sincera? Vem, pode vim. Mas me promete uma coisa: Fica!

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