Sempre sonhei em ter um homem para me proteger, para me defender (ainda que isso não depende dos humanos), mas sempre esperamos. Sempre sonhei - acordada - em ter alguém para que quando tivesse medo, eu pudesse me entrelaçar em suas pernas e braços e me sentir segura. Sempre sonhei em ter um homem para me chamar de sua e eu o chamar de meu e assim ele ser o homem da casa e eu sua submissa (cá pra nós, eu amo ser submissa). Mas aí a vida me pregou peças que hoje sei o quão foram importantes para me tornar quem sou hoje (e falta muito a aprender). Ser a mulher da casa; hoje eu sou a mulher da minha casa, sou eu que protejo, sou eu que passo segurança, sou eu que sustento a casa, sou eu que pago as contas, sou eu que empresto meus braços e pernas para entrelaçar alguém, alguém de 1.07 cm que sei que precisa de mim. E então? É nessa hora que eu percebo que somos fortes e corajosos quando precisamos e nos vemos forçados a ser. O medo fica de lado e o instinto materno aflora, o receio, a dúvida, o pânico tudo minimiza e a leoa se coloca à disposição para proteger sua cria. Hoje, eu sei que não posso fracassar e que eu preciso continuar sendo por tempo indeterminado a mulher da casa. Nunca gostei desse título nem desse posto de mulher querer mandar. Sou meio "machista" em relação a isso, mas precisei me tornar. Só vou contar um segredo, é muito ruim ter medo e não ter quem a proteja, porque por mais valente, uma leoa sempre precisa de um leão por perto.
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